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Extração Magnética



A nanohidrometalurgia magnética (NHM) é uma nova tecnologia 100% brasileira, desenvolvida na Universidade de São Paulo (USP), que poderá revolucionar de vez a mineração. A inovação foi desenvolvida por Ulisses Condomitti e coordenada pelo Químico Henrique Toma, professor do Instituto de Química da USP, e faz o uso da nanotecnologia para aprimorar um procedimento que já é aplicado pela indústria mineradora, a hidrometalurgia.


A nova tecnologia veio como uma alternativa para o procedimento da hidrometalurgia, que utiliza na mineração o processo de lixiviação, responsável por separar os minérios utilizando ácidos ou mesmo bactérias, seguido de tratamento químico com agentes complexantes. A diferença desta tecnologia para a nanohidrometalurgia está na possibilidade de executar todas as etapas acima citadas em um único processo, além de operar em condições ambientais, dispensando a técnica convencional de extração com solventes e tratamentos ácidos e substituindo-os por nanopartículas superparamagnéticas.


Controladas por um campo magnético e produzidas com óxido de ferro, as nanopartículas se ligam, após cinco minutos, aos sais de cobre. Um eletrodo, mergulhado juntamente com as nanopartículas em solução aquosa, é responsável por atrair as mesmas para a sua superfície, através de um ímã posicionado do lado externo do recipiente. Ainda durante este processo, a eletricidade é aplicada no eletrodo, provocando a perda de elétrons no material que se transforma em cobre metálico.


Considerada como “verde”, a nova tecnologia provoca mínimos impactos ambientais, se comparada às outras em uso no setor de mineração, além de gerar menor quantidade de descartes. Henrique Toma explica que “As nanopartículas captadoras de metais são integralmente regeneradas após o procedimento, sem nenhum tratamento adicional”.


Sendo sustentável e menos poluente, o novo processo emprega nanopartículas para a captura e produção de metais porém, apesar de o cobre ser o principal metal a ser beneficiado, a nanohidrometalurgia não se limita apenas a ele, sendo ela aplicável a vários metais estratégicos.

Fonte: http://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/2015/05/068-069_Quimica-Verde_231.pdf

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