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Pesquisa mostra que empresários querem menor presença do Estado em setores estratégicos


BRASÍLIA - O empresariado brasileiro quer uma presença maior do Estado nas áreas sociais, em pesquisa e desenvolvimento, segurança pública e infraestrutura. Ao mesmo tempo, as empresas preferem uma menor interferência do governo em setores estratégicos, como siderurgia e metalurgia, energia elétrica, exploração de minerais, petróleo e gás. É o que mostra uma pesquisa da Deloitte Brasil, realizada no período de 28 de outubro a 5 de novembro.


O objetivo do levantamento foi identificar as expectativas do setor privado em relação a 2019, ano em que começa um novo governo sob o comando do presidente eleito Jair Bolsonaro. Foram entrevistadas 826 empresas, com um faturamento anual de R$ 2,8 trilhões no total e representando 43% do Produto Interno Bruto (PIB). Entre as firmas, 37% são do setor de bens de consumo, 9% da área financeira, 12% de tecnologia da informação e telecomunicações, 14% de infraestrutura e construção e o restante (28%) de "outros serviços".


- A conclusão que nós tiramos é que determinadas ações do ciclo produtivo, que exigem grande capacidade de investimentos em capital intensivo, deve ter à frente o setor privado. O governo deve cuidar da formulação de políticas públicas mais contundentes, para que o Estado realmente defina as regras do jogo - destacou Othon Almeida, sócio e porta-voz da Deloitte Brasil.


Segundo a pesquisa, 60% dos entrevistados consideram que o Estado não deve interferir no setor de energia e 59% pensam o mesmo sobre petróleo e gás. Porém, 93% dos executivos ouvidos afirmam que o setor público deve estar presente em segurança pública, 79% em saúde e 71% em educação.


A pesquisa também mostra grande expectativa do empresariado brasileiro quanto a reformas na legislação, com destaque para a tributária (93%), a previdenciária (90%) e a política (80%). Perguntados sobre como o governo deveria agir em termos de gestão pública, 62% apontaram o combate à corrupção, 61% o ajuste fiscal e 33% a realização de novas privatizações.


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Para 80% dos entrevistados, o governo deve adotar medidas para estimular a geração de empregos e 58% afirmam que a equipe econômica deve manter a taxa de inflação abaixo de 5% ao ano, como forma de melhorar o nível de atividade econômica.


Os empresários sugeriram, ainda, que o governo invista mais nas parcerias público-privadas (52% do total) e amplie a oferta de crédito para o setor privado (51%). Além disso, 53% pediram ações para aumentar a participação do Brasil no comércio mundial.


De acordo com Oton Almeida, a pesquisa vem sendo realizada há dois anos. Porém, ganhou mais importância agora, tendo em vista a troca de governo.

- Começamos a pesquisa para termos uma visão consolidada sobre como o empresariado trabalha, por exemplo, em seu planejamento financeiro - disse ele.


Fonte: https://oglobo.globo.com/economia/pesquisa-mostra-que-empresarios-querem-menor-presenca-do-estado-em-setores-estrategicos-23231567

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