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Consumo de minerais estratégicos estimula a indústria



A indústria mineral programa investimentos de US$ 50,4 bilhões no Brasil entre 2023 e 2027, o valor é o maior em uma década, mas está abaixo do potencial de recursos que o país pode atrair. Lideranças setoriais calculam que os investimentos podem dobrar, chegar à casa dos US$ 100 bilhões em próximos períodos quinquenais. “Estamos diante de uma enorme janela de oportunidades. Cabe ao Brasil saber aproveitá-la”, diz Raul Jungmann, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).


O Brasil produz 11 minerais estratégicos, com oferta de 35 milhões de toneladas em 2022. O país é o maior produtor de nióbio, o quarto em alumínio, vanádio e grafite, o quinto produtor de lítio, o sétimo em cromo e oitavo em níquel. O Brasil também é o segundo maior produtor de minério de ferro e essa é a oportunidade de expandir sua participação para atender a demanda global por minério com alto teor de pureza, menos poluentes no processamento siderúrgico, sendo o líder em minério com alto teor de ferro.


As oportunidades estão relacionadas à expansão exponencial do consumo de minerais estratégicos para a transição energética usando fontes renováveis, entre elas enérgica eólica, solar fotovoltaica e veículos elétricos. A Agência Internacional de Energia (IEA) estima que nos próximos 20 anos, a produção de lítio deverá crescer mais de 40 vezes, a necessidade de níquel, cobalto e grafite vai ser entre 20 e 25 vezes maior do que a atual. O mercado global de minerais críticos pode saltar de US$ 320 bilhões para US$ 1 trilhão já em 2030.

 

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