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Mercado de cimento fecha 2024 em expansão e antecipa cenário promissor para 2025

  • trapichedperrone
  • 17 de jun.
  • 3 min de leitura

A projeção para 2025 é de um crescimento mais modesto, estimado em cerca de 1%, segundo o SNIC. O setor tem apostado em soluções inovadoras para acelerar o crescimento, como o sistema construtivo Paredes de Concreto, que permite construir até três vezes mais rápido em comparação aos métodos tradicionais, uma alternativa que alia eficiência, produtividade e redução de custos nas obras.


O setor de cimento no Brasil encerrou 2024 em alta, com um crescimento de 3,9% e um total de 64,7 milhões de toneladas vendidas. O resultado marca uma reversão importante após dois anos consecutivos de retração e reflete o impacto positivo de fatores como a expansão do mercado imobiliário, a retomada do programa Minha Casa, Minha Vida e a melhora no mercado de trabalho.


Depois de quedas de 2,8% em 2022 e 0,89% em 2023, a indústria conseguiu retomar a trajetória de crescimento, impulsionada por uma combinação de investimentos em habitação popular, aquecimento da construção civil e confiança gradual do setor produtivo.


“Esse crescimento se deve principalmente à melhora na renda da população e ao aquecimento do setor imobiliário. O Programa Minha Casa, Minha Vida teve um papel importante nesse cenário, com um aumento de 44,2% nos lançamentos e 43,3% nas vendas de unidades habitacionais em 2024”, explica Paulo Camillo Penna, presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).


Embora o setor tenha apresentado resultados positivos, desafios como o alto custo da mão de obra, taxas de juros elevadas e o endividamento das famílias ainda impactam a sustentabilidade desse crescimento. “A falta de trabalhadores qualificados tem elevado os salários, pressionando a inflação e os preços dos imóveis. Além disso, o aumento da inadimplência e a escassez de crédito imobiliário são fatores que devem ser monitorados para 2025”, acrescenta Penna.

 

Perspectivas para 2025


A projeção para 2025 é de um crescimento mais modesto, estimado em cerca de 1%, segundo o SNIC. “Apesar das incertezas fiscais e do impacto da taxa Selic sobre os financiamentos, há expectativas positivas com investimentos em infraestrutura e novos projetos de saneamento e mobilidade urbana”, afirma Penna.


Para sustentar o crescimento, o setor tem apostado em soluções construtivas inovadoras, como o sistema de Paredes de Concreto, que permite obras até três vezes mais rápidas do que os métodos tradicionais, aumentando a produtividade e reduzindo custos.


Outro destaque é a adoção crescente do pavimento rígido de concreto em rodovias, que tem se consolidado como uma alternativa mais durável e sustentável, contribuindo para a melhoria da infraestrutura viária nacional.


Além disso, a retomada das concessões no setor de saneamento básico, prevista para 2025, deve impulsionar ainda mais a demanda por cimento. Estima-se que os investimentos alcancem R$ 72,4 bilhões, criando oportunidades para o segmento e fortalecendo a cadeia da construção civil. “O cimento é essencial para obras de infraestrutura e saneamento, e acreditamos que esses projetos trarão impactos positivos para a demanda”, destaca Penna.


Desempenho no início de 2025


O setor de cimento iniciou 2025 com um desempenho animador. Em janeiro, as vendas somaram 5,2 milhões de toneladas, registrando um avanço de 5,3% em relação ao mesmo mês de 2024. Na comparação com dezembro do ano passado, o crescimento foi ainda mais significativo, com alta de 10%, sinalizando um início de ano aquecido e com boas perspectivas para os próximos meses. “Esse resultado reforça a resiliência do setor e indica um início de ano mais aquecido”, ressalta. Já em fevereiro de 2025, as vendas de cimento no Brasil aumentaram 7,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, totalizando 5,1 milhões de toneladas.


Apesar do cenário positivo, o setor ainda enfrenta desafios importantes, como as mudanças nas regras de financiamento habitacional e o ritmo de execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que seguem gerando incertezas. “Precisamos acompanhar de perto como o governo irá conduzir esses investimentos para garantir que o setor continue avançando”, afirma o presidente do SNIC.


Com expectativa de crescimento contínuo, embora em ritmo mais moderado, a indústria do cimento mantém o olhar atento às tendências econômicas e estruturais do país. O desempenho ao longo de 2025 dependerá não apenas da dinâmica do mercado imobiliário, mas também da efetividade na execução dos investimentos em infraestrutura e saneamento, considerados vetores fundamentais para sustentar a demanda.


 
 
 

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