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Setor de materiais de construção mantém otimismo e projeta crescimento de 3% em 2025

  • trapichedperrone
  • 5 de mai.
  • 2 min de leitura

O setor de materiais de construção registrou um crescimento expressivo de 5,6% no faturamento até novembro de 2024, segundo dados divulgados pela Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção).


Esse foi o primeiro resultado positivo desde 2021, refletindo um ano de trabalho intenso e colaborações estratégicas entre entidades e o governo, impulsionadas por iniciativas como os programas Construa Brasil e Missão 3 da Nova Indústria Brasil (NIB).


Rodrigo Navarro, presidente da Abramat, destaca que 2024 trouxe um otimismo cauteloso para o setor. “Encerramos o ano com crescimento acima do PIB em vendas ao varejo e para construtoras, o que reflete o dinamismo do mercado. Contudo, desafios como as negociações da Reforma Tributária e oscilações econômicas demandam atenção redobrada”, pontua.

 

Perspectivas positivas para 2025


Para 2025, a entidade projeta um crescimento mais moderado, em torno de 3%. Essa previsão considera desafios como a alta dos juros, que limita o crédito imobiliário, e a inflação acima da meta, que reduz o poder de compra da população.


Por outro lado, o setor conta com fatores que sustentam uma demanda consistente por materiais de construção, como o avanço de obras em andamento, novos empreendimentos e programas estratégicos, como o Minha Casa Minha Vida e o Marco do Saneamento.


Navarro reforça a importância de iniciativas industriais e governamentais nesse cenário. “Estamos otimistas, mas com os pés no chão. O apoio aos programas habitacionais e a colaboração com entidades são fundamentais para manter o setor aquecido”, explica.

 

Aumento de investimentos e desafios no horizonte


Um destaque do último Termômetro da Indústria de Materiais de Construção, pesquisa mensal da Abramat, é que 83% das empresas associadas planejam investir em 2025, um salto significativo em relação aos 62% registrados em 2024. Esses investimentos serão voltados para a expansão da capacidade instalada e aprimoramento das linhas de produção, demonstrando a confiança do setor no potencial de crescimento do mercado.


Apesar do otimismo, o setor enfrenta desafios significativos. Entre eles, estão os altos custos de commodities, a regulação da Reforma Tributária, a escassez de mão de obra qualificada e incertezas sobre investimentos em infraestrutura. “Precisamos superar barreiras como tributação e falta de capacitação para avançar em soluções industrializadas, que trazem maior produtividade e menor impacto ambiental”, alerta.

 

Industrialização: tendência e diferencial competitivo no setor da construção


A industrialização vem se consolidando como uma tendência estratégica no setor da construção. Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), 65% das construtoras brasileiras já adotam algum tipo de solução industrializada, como kits elétricos, estruturas pré-fabricadas em concreto e drywall. No entanto, a aplicação dessas tecnologias ainda é limitada, sendo utilizada em menos de 50% das obras na maioria dos casos, o que indica um grande potencial de crescimento e otimização no mercado.


Navarro vê na industrialização uma oportunidade de avanço. “A adoção de tecnologias modernas aumenta a produtividade, reduz custos e impactos ambientais, mas ainda há barreiras como a tributação e modelos de financiamento que precisam ser superadas para acelerar essa transição”, conclui.

Com um balanço positivo em 2024 e planos robustos para 2025, a indústria de materiais de construção mantém-se como um pilar estratégico para o desenvolvimento econômico do país, encarando os desafios como oportunidades de inovação e crescimento.

 

 
 
 

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