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Setor de cimento projeta vendas de 65,5 milhões de toneladas em 2025

  • trapichedperrone
  • há 7 minutos
  • 2 min de leitura

De acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), as vendas internas de cimento atingiram 5,2 milhões de toneladas em janeiro de 2025, representando um crescimento de 5,3% em relação ao mesmo período de 2024 e um avanço de 10% na comparação com dezembro do ano passado.


Considerando a comercialização por dia útil, que reflete o impacto do número de dias trabalhados no consumo, foram vendidas 215,6 mil toneladas em janeiro. Esse volume representa um aumento de 5,4% frente ao mesmo mês do ano anterior, mas uma leve queda de 1,1% em relação a dezembro de 2024.


O desempenho positivo do setor é impulsionado pelo aquecimento do mercado de trabalho e pelo aumento da renda da população, refletido na alta da massa salarial, no baixo nível de desemprego e no recorde de carteiras assinadas. Além disso, o mercado imobiliário, um dos principais motores do consumo de cimento, registrou crescimento no volume de financiamentos em 2024.


No entanto, apesar da demanda aquecida na construção civil, o setor começa a sentir os efeitos da pressão inflacionária, do aumento dos custos com mão de obra e da continuidade da alta na taxa de juros (atualmente em 13,25%). O endividamento e a inadimplência elevados também afetam o consumo das famílias, impactando a confiança do consumidor, que apresentou queda em janeiro.


Na construção civil e na indústria, a confiança também recuou, refletindo um ambiente econômico mais desafiador. Com a Selic em trajetória de alta, podendo chegar a 15% até dezembro, e o câmbio desvalorizado, as empresas já enfrentam um cenário mais adverso para investimentos e crescimento.


As incertezas fiscais e a trajetória de alta da Selic, anunciada pelo Banco Central, levaram o setor a adotar uma perspectiva mais cautelosa para 2025. No entanto, a indústria do cimento mantém o otimismo, especialmente com a ampliação do uso do cimento e do pavimento de concreto em licitações para ruas, estradas e rodovias.


Diante desse cenário, a projeção de crescimento do consumo de cimento para o ano é de 1%, o que representa um acréscimo de 650 mil toneladas, elevando o total anual para 65,5 milhões de toneladas.


No aspecto da sustentabilidade, 2025 traz desafios importantes, como a regulamentação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões – Mercado de Carbono e a definição das metas de descarbonização no setor, dentro do Plano Clima, especialmente com a aproximação da COP30.


“A expectativa para 2025 é positiva, o mercado imobiliário ainda seguirá como importante indutor do consumo do cimento, impulsionado pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Na agenda da infraestrutura é esperado um melhor desempenho do PAC e o crescente uso do pavimento de concreto para a recuperação das vias, que possibilitará o adequado e eficiente escoamento da safra recorde no País. No radar do setor também estão as concessões de saneamento que devem ser efetivadas em 2025 e gerarão demanda no médio prazo, dois ou três anos do início dos contratos, quando as construções de estações de tratamento de água e esgoto, de fato, começam”, disse Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.

 

 
 
 

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