A diferença e a importância dos minerais estratégicos, matérias-primas críticas ou minerais críticos
Os minerais estratégicos, matérias-primas críticas ou minerais críticos são classificados de forma diferente um dos outros e tem diferentes importâncias ao país.
Minerais críticos
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Associada (Ipea), os minerais críticos são aqueles que contribuem de forma significativa para as cadeias produtivas e para o desenvolvimento econômico de um país. Os principais riscos que eles apresentam são escassez, dinâmicas geopolíticas, regulações comerciais e instabilidade política ou de infraestrutura.
Estes minérios se destacam por serem utilizados na fabricação de produtos como smartphones, turbinas eólicas, painéis solares, carros elétricos e monitores de tela plana.
A classificação é recebida conforme o papel que estes desempenham na transição para uma economia de baixo carbono, em que determinados minerais são considerados essenciais para a obtenção de energia por fontes renováveis e na aplicação de tecnologias limpas.
Minerais Estratégicos
O material divulgado pelo Ipea aponta que os minerais estratégicos podem englobar também os minerais críticos. Mas, a classificação do que é estratégico pode variar de um país para outro. Em alguns casos, o material pode ser considerado crítico para outro país.
Os países estudam o bem mineral e suas cadeias industriais para definir se um minério será crítico ou estratégico, de acordo com as necessidades econômicas, comerciais ou de segurança. Logo após, é formulada uma estratégia de suprimento para atender as demandas.
Classificação Brasileira e os Minerais Estratégicos
O Brasil é um líder produtor e exportador no mercado global de commodities minerais, em especial de minerais metálicos, com grande destaque ao minério de ferro, cobre, ouro, alumínio e nióbio.
Os documentos o Plano Nacional de Mineração (PNM) 2030 e a Estratégia Nacional de Ciência e Tecnologia 2016-2022 norteiam as estratégias para a exploração dos recursos minerais do Brasil.
O Brasil tem três categorias de minerais estratégicos no país, sendo elas:
· Bens minerais do qual o país dependa de importação em alto percentual para o suprimento de setores vitais da economia: Enxofre; Minério de Fosfato; Minério de Potássio e Minério de Molibdênio
· Bens minerais com importância pela sua aplicação em produtos e processos de alta tecnologia: Minério de Cobalto; Minério de Cobre; Minério de Estanho; Minério de Grafita; Minérios do grupo da Platina; Minério de Lítio; Minério de Nióbio; Minério de Níquel; Minério de Silício; Minério de Tálio; Minério de Tântalo; Minério de Terras Raras; Minério de Titânio; Minério de Tungstênio; Minério de Urânio; e Minério de Vanádio.
· Bens minerais que detêm vantagens comparativas e que são essenciais para a economia pela geração de superavit da balança comercial do país: Minério de Alumínio; Minério de Cobre: Minério de Ferro; Minério de Grafita; Minério de Ouro; Minério de Manganês; Minério de Nióbio; e Minério de Urânio.
A primeira categoria de minerais agrega os “agrominerais”, minérios importantes para o desenvolvimento da agricultura no país e utilizados como fertilizante.
Segundo o Ipea, o Nióbio, por exemplo, que para os países consumidores é considerado uma matéria-prima crítica, é considerado uma matéria-prima estratégica no Brasil, já que o país é o maior produtor mundial. É assim que funciona a distinção dos termos de acordo com a necessidade e estratégia adotada por cada país em relação às matérias-primas e sua categorização.
Fontes: Ipea e Ministério de Minas e Energia (MME) - https://portaldamineracao.com.br/minerais-estrategicos-materias-primas-criticas-ou-minerais-criticos-qual-a-diferenca-e-a-sua-importancia-para-o-brasil/
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